[cap]A[/cap] maior parte da minha vida eu fui um camaleão. Eu me camuflava de invisível no meio das pessoas esperando não chamar atenção. Eu queria muito me encaixar aos padrões, tinha muitos medos e dúvidas e estava moldado minha personalidade com base nas crenças de que eu não era boa o suficiente e o medo de ser julgada.
E assim, passei muitos anos; me desrespeitando, fazendo escolhas para agradar as pessoas, permitindo que outros para influenciasse nas decisões importantes da minha vida.
Desde cedo, recebemos estímulos sociais que ditam, ainda que inconscientemente, o modo como nos posicionamos no mundo, criando padrões de comportamento, carreira, beleza e etc. Se falarmos que o ideal de sucesso é acumular riquezas para usufruir de todos os bens materiais que a sociedade pode produzir. Ao chegar nesse status, você é considerado o famoso vencedor.
E quando o assunto é família, a convenção social nos impulsiona ao casamento, aos filhos e a uma casa com cerca branca, onde tomaremos aquele café da manhã de comercial de margarina.
Profissionalmente, então, a pressão parece ser ainda maior para nos formarmos em uma faculdade de ponta, alcançarmos uma vaga na tão sonhada multinacional (ou sermos aprovados em algum concurso público) e passarmos todo o restante de nossas vidas em um escritório.
Para quem se identifica com os padrões acima citados e não vê problema algum em viver de acordo com as projeções coletivas para a vida do indivíduo, sem problemas! Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que se é e tem liberdade até para seguir esses modelos.
Mas para mim, ter que seguir um padrão, não demonstrar quem eu era, minha autenticidade, trouxe-me muitas frustrações. Logo veio a ansiedade, a culpa, vergonha, raiva e baixa auto estima. Um preço grande a pagar para que outros me aceitassem e gostassem de mim.
Como eu, quem não se encaixa nessas convenções pode encontrar angústias e frustrações pelo caminho, se perguntando se tem algo de errado consigo mesmo – e é aí que mora o perigo desses padrões sociais. Quem não faz parte ou não se adapta a essas caixinhas em que tentam colocar cada um de nós acaba, muitas vezes, por ser incompreendido, visto como sonhador ou esquisito. Manter-se fora desses padrões é mais do que uma escolha: é um ato de resistência!
Um exemplo que sempre dou quando falo nesse assunto é o meu cabelo cacheado. Já até contei todo o meu drama num post antigo. Mas passei 24 anos da minha vida alisando meus cachinhos, distribuindo meu tempo entre escovas, relaxamentos e cortes voltados à redução do volume. A convenção social dizia que cabelo bonito era cabelo liso, se for loiro então, melhor ainda.
Um dia, uma amiga perguntou por que eu não deixava meu cabelo natural e foi aí que eu tive um estalo: é mesmo, né?! Por quê? Desde então, fiz muito mais do que assumir meus cachos: assumi minha identidade, baseada na aceitação, na autoestima e em um olhar carinhoso em relação às minhas características pessoais. E isso vale para tudo!
Quanto mais tentamos seguir cegamente os padrões sem nos perguntarmos o motivo de fazermos isso, mas nos frustramos e ficamos insatisfeitos com nossas vidas.
Pense comigo: se você sente sua alma murchando todos os dias em um emprego que lhe obriga a ficar oito horas por dia dentro de um escritório, você acha ok continuar fazendo isso só porque a sociedade diz que isso é o mais adequado? Se você gosta das curvas do seu corpo e acha sua barriguinha simpática, vai fazer dieta só porque é esse o padrão de beleza? Não faz sentido.
Uma das coisas que faz a vida ficar mais bonita é quando abraçamos nossa autenticidade e aprendemos a olhar com carinho e prazer para cada característica de nosso corpo, da nossa família, do nosso emprego, etc. E o caminho para isso requer, em primeiro lugar, deixar de lado as comparações com o resto do mundo e, principalmente, com aquilo que dizem ser o melhor para nós.
Nossa família pode, nem de longe, ser parecida com aquela do comercial de margarina (acreditem: quase nenhuma é), mas nem por isso ela tem menos valor!
Nossa vida pode não correr em linha reta, nosso cabelo pode nunca aparecer em um comercial de xampu e nossa conta bancária está longe de entrar para o ranking das mais gordas do mundo segundo a Forbes, mas isso de nenhuma forma nos torna piores, mas sim diferentes e até bastante interessantes se paramos para prestar atenção. São as particularidades de nosso corpo, de nossa personalidade e de nossa história que nos tornam especiais.
Já está na hora de paramos de acreditar que existe um único caminho para a felicidade. Nossa história é o sinônimo de quem nós somos e abraçá-la significa acolher nossa personalidade, nos aceitando e nos amando, justamente, por tudo o que já nos tornamos até aqui.
Seja autêntica
Pessoas autênticas aceitam suas experiências de vida e sentem as emoções que surgem. Eles não reprimem seus sentimentos. A ansiedade e culpa surgem na vida da gente quando não estamos presente. Se duvidamos da nossa capacidade de lidar com os desafios no futuro, criamos ansiedade. A culpa resulta dos sentimento ruim sobre erros passados ou pessoas que nos magoaram. Pessoas autêntica vivem os desafios da vida a partir do amor, do perdão e da gratidão.
Tenha uma prática diária
Eu criei uma prática diária para viver autenticamente. Eu cuido da minha mente, corpo e espírito e alimento um relacionamento amoroso comigo mesma. Tiro 20 minutos do meu dia pra dedicar a mim mesma.
Eu sei que a falta de tempo é o mal da humanidade e que talvez você não tenha 1 hora no seu dia, mas eu sei que você tem 20 minutos.
O que você pode fazer: Se você se sente desconectada ou incapaz de falar a sua verdade, identifique quais os traços que você precisa cultivar na sua vida e crie uma intenção de se tornar uma pessoa mais autêntica.
Segue algumas práticas que você pode fazer diariamente por 20 minutos:
Praticar a meditação mindfulness
Escrever num diário da gratidão
Sair para uma caminhada pra se conectar com seu espírito
Sentar em um lugar calmo e fazer uma leitura
Fazer um trabalho interno necessário para se reconectar à sua verdade e sua autenticidade irá irradiar através de você. Experimente começar com 20 minutos. Se comprometa com você mesma e verá a transformação na sua vida.
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Gostou desse assunto? Ele faz parte dos temas presentes no Desafio #vidavistoriada. Durante sete dias envio diariamente um e-mail para todos os inscritos com muita inspiração, harmonia e atenção plena pelo momento presente.
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Foto da menina sorrindo e foto da garota com vestido branco via shutterstock
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14 Comentários
Manu linda…
Comecei essa semana a fazer, ou tentar, a meditação mindfulness, estou amando prestar atenção a cada detalhe do meu corpo e a minha volta, muito inspiradora sua mensagem em conectar-se consigo mesma, sempre que estou baixando minhas energias positivas recorro aos seus textos, Deus te abençoe sempre.
Preciso me encontrar, mas ainda não sei como.
Bj e fk c Deus
Nana
http://nanaeosamigosvirtuais.blogspot.com
Esse post foi escrito pra mim… como é libertador
quando nos aceiramis do jeito que somos!!! Parabéns pelo post. “AMEI”
Amei, Manu ❤️
A gente se aceitar com ctz é a melhor coisa que existe. É libertador.
Beijos :*
Blog: http://www.tanoscript.blogspot.com.br
Face: http://www.facebook.com/blogtanoscript
Insta: @vanimonique
Eu sou imensamente grata ao que você tem feito!!! Você me deu a chance de viver. Eu esqueci a tanto tempo o que de fato era essencial em minha vida, como queria abraça-la e agradecer!
Sou grata!!!
Nossas diferenças nos tornam especiais! Não vão ser todos os dias que vamos nos sentir completamente bem, mas acredito que se aceitar, se amar, com certeza nos faz mais feliz. Quem disse que devemos nos encaixar plenamente nos padrões da sociedade, não é mesmo? Podemos ser o que quisermos, não procuramos tanto a tal da liberdade?! Amei seu post!!
Bjoo, Bia do Julieta ao Contrário <3 https://julietaaocontrarioo.blogspot.com.br/
Oi Manu, tudo bem? Estou passando aqui rapidinho pra avisar que seu post foi selecionado para minha coluna de links quinzenais. Parabéns! Se você quiser ver, vou deixar o link para você, adoraria uma visita! Link Party – Os melhores links da quinzena #3.
Aprendendo muito com você.
Nossa, me identifiquei muito com o post, recentemente me descobrir nessa armadilha e agora estou recuperando o tempo perdido dedicado ao outro, iniciei um projeto que 1vez na semana dedico especialmente a mim após o trabalho, tbém voltei a cuidar da saúde e principalmente da auto estima.
Como é bom compartilhar experiências, espero ler mais as suas postagens.
Parabéns pela coragem!
Texto muito bonito! Nunca me adaptei aos padrões e assim como você já sofri muito por tudo isso. Ainda sofro às vezes, mas é por não me compreenderem. Gosto das coisas simples, sonho em ter uma casa pequena em um lugar tranquilo, sem muitas roupas, carros e coisas que as outras pessoas gostam. Todo mundo fala que eu “sonho pequeno”, mas não é isso. Meus sonhos são grandes, quero ter poucas coisas pra ter tempo de sobra pra fazer aquilo que eu gosto realmente: escrever, ler, fazer arte, meditar, conversar… Se isso é sonhar pequeno, prefiro sonhar assim
Obrigada Ana Paula! Que bom que gostou do posts
Adorei!
Bj e fk c Deus
Nana
http://nanaeosamigosvirtuais.blogspot.com.br
Toda vez eu leio seu e-mail, e fico imaginando como deve ser gostoso conversar com você Manu, você deve passar uma paz gigantesca.
E eu leio seu blog já faz um tempo, os seus textos transmitem tanto amor, tanto carinho e tanta paz, tanta luz que eu nem sei explicar o que sinto.
Só sinto uma imensidão de clareza, de compreensão e de leveza quando leio.
Obrigada por encher a gente de luz!
eu venho buscando isso, autenticidade, auto estima, auto conhecimento e auto confiança.
Eu tiro 15 minutos todos os dias antes de ir trabalhar e leio 3 reflexões: 1 mensagem de um baú de mensagens, uma reflexão de um livro que chama reflexão matinal e tiro uma carta de tarô todo dia 😀
E de noite escrevo naquele livro (uma pergunta por dia) e escrevo algo que me fez feliz no dia.
São momentos que me fazem reconectar comigo, e tem me ajudado muito. E já me inscrevi nesse desafio, to super curiosa e ansiosa 😀
beijos :*