Não pensem que esse blog está entregue as baratas, estava só dando um tempo para colocar a vida em ordem e definir os próximos passos. Não tenho como agradecer as mensagens lindas e os emails de apoio que recebi nesses ultimos dias. Me sinto muito amada e isso é muito bom. Obrigada gente!

A vida é cheia de surpresas, as vezes ela aparece romântica cor de rosa, outras vezes ela vem em tons de amarelo radiante, mas pode acontecer de aparecer em um tom de roxo meio triste. Mas so cabe  a você saber interpretar essas cores e definir se vai ou não pintar um arco-iris com elas. E assim está sendo minha vida, cada dia uma cor diferente. Mas eu tenho escolhido ver o lado mais bonito das cores, mesmo daquelas que eu não gosto tanto.

Sou muito fatalista e acredito que tudo na vida tem um motivo, pois tudo são ciclos com começo, meio e fim.  E como diz Glória Hurtado, “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver”.

Desde que me mudei pra DC, há cinco anos atrás, sempre quiz morar numa townhouse. Que são aquelas casas típicas de filme em cidade grande. A Carrie do Sex and the City morava num predio estilo townhouse. O fato é que nunca deu certo morar numa townhouse, ou porque era muito caro, ou porque nao ficava numa localização que eu gostava, ou porque era velha demais. Sempre tinha um porque e meu sonho parecia ficar mais e mais distante. Mas como a vida dá muitas cambalhotas, ao final do mes de maio irei realizar meu sonho e estou me mudando para uma charmosa townhouse numa rua super colorida em DC <3

Texto lindo da Glória Hurtado que uma leitora compartilhou comigo.

Encerrando Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração – e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

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