Quanto tempo não venho aqui no blog. Espero que não estejam de mal comigo e nem tenham me abandonado completamente. Eu não sou propensa a queixas nem a desânimos. Entretanto, ao pensar sobre o que dizer nesse post sinto certa melancolia. Na verdade, eu passei esses dois meses viajando pra dentro, e às vezes as viagens pra dentro são as mais longas. Não estava tentando fugir, mas sim descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente.

Esse ano de 2012 foi muito estranho pra mim. Várias coisas positivas aconteceram, mas também vários ciclos terminaram. Meu casamento acabou, mudei de casa, a ultima viagem que fiz pro Brasil mudou minha percepção da vida, houve algumas alterações no trabalho (novas responsabilidades), o fato de ter completado 32 anos, um certo envolvimento carmico (dificil explicar), e para completar, descobri que estou com pedra na vesícula e vou me operar agora em dezembro. Tantas transições e mudanças que precisei parar pra pensar. E o blog, infelizmente ficou em segundo plano.

Eu sou daquelas que acredita que quando queremos transformar algo, precisa começar por dentro, pra depois começar a compreender as coisas, os fatos. E a partir daí você pode chegar numa certa serenidade, seja emocional, mental, ou física. O problema é que eu penso demais, estou sempre ligada, nunca relaxo e vem sempre aquela preocupação martelando a minha cabeça, querendo entender o porque de tudo, o sentindo das coisas. Mas eu cheguei à conclusão que a gente não precisa entender tudo e estou me dando o direito de não pensar tanto, de me cobrar menos ainda, e deixar para compreender depois. Aceitei minhas mudanças e estou abrindo os braços para as próximas que estão por vim. Nem tudo esta no lugar ainda, mas vai ficar.

E alguém me disse recentemente, que pra arrumar a casa às vezes tudo tem que virar de perna pra cima, para depois você colocar no lugar e estabilizar de novo. E a vida é assim também.

Nesse meio tempo recebi e-mails e mensagens lindas de vocês. Fico muito emocionada, pois receber o carinho de gente que nem me conhece pra valer é um estímulo e tanto. Obrigada é pouco.

E lembre-se que vez por outra a gente tem que se dar o direito de se fechar, chorar, aceitar a solidão. De chorar pela embriaguez da vida. Mas não podemos esquecer-nos da rapidez com que ela passa, então de vez em quando devemos deixar as preocupações de lado e viver o hoje. Viver um dia de cada vez.

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