Falta menos de um mês pro meu aniversário e acho que depois que você passa dos trinta, pode oficialmente se chamar de adulta. Eu não gosto muito dessa palavra adulta até porque por trás dela tem o peso da responsabilidade, a conotação de maturidade e todas as expectativas que essa fase lhe impõe. Tem gente que envelhece mais cedo e com 20 já pensa e age como se tivesse 40 e tem gente que nunca envelhece e vive a vida toda a síndrome de Peter Pan. Na verdade, eu penso que o ideal é o equilíbrio do meio termo, mas nem sempre é fácil.

Essa foto acima ficava num muro em Fortaleza e ela teve um impacto muito grande nas minhas escolhas e nas minhas decisões. Todas as vezes que passava em frente a esse muro, ficava refletindo como seria viver a vida que eu realmente queria.

Não quero passar nessa vida apenas como um telespectador. Quero chegar aos meus 90 anos e dizer que faria tudo de novo e não me arrepender do que não fiz. Um dia parei de fazer essa pergunta e comecei a mudar as pequenas coisas na minha vida. Comecei a mudar o meu hoje. Olhei no meu guarda roupa e comecei a usar todas as roupas que estavam guardadas pra ocasiões especiais. Deixei meu cabelo natural e assumi os meus cachos, assumi minha identidade. Passei a sorrir e abrir meu coração para estranhos e ser mais sincera com as pessoas.  Peguei a graninha que tava guardando não sei pra quê, arrumei minhas malas e fui arriscar a vida no exterior.

Me doei de verdade a cada momento que vivi. Quando amei, amei profundamente. Quando sonhei, me deixei levar sem medo. Quando chorei, deixei rios de lágrimas descerem pelo meu rosto. Quando investi em algo, tentei ir até o final, mesmo que depois eu descobrisse que aquele não era o caminho certo, mas pelo menos eu tentei.

Recentemente eu fui jantar com um amigo e ele queria saber como estou, com todas as mudanças acontecendo. Conversamos por horas e no final quando nos despedimos, ele me abraçou e disse que eu era uma pessoa forte. Eu disse que não era tão forte como ele imaginava, mas aprendi que devemos deixar o passado no lugar dele e ficar se remoendo com coisas que passaram não ajuda a ninguém. Ficar pensando que a época mais feliz da minha vida foi ontem, não é verdade, porque a época mais feliz da minha vida é agora.  Quando as coisas não dão certo, devemos aprender com erros, com os tropeços. É clichê, mas é verdade. A felicidade não esta fora! A felicidade esta dentro, é agora.

E todos os dias ainda continuo fazendo essa mesma pergunta: “Como seria viver a vida que realmente quero?” 

 

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