Eu sempre fui diferente. Eu costumava me sentir inadequada por isso, mas hoje em dia eu me sinto especial.
Em algumas áreas nós somos como todo mundo, mas em outras áreas somos diferentes. E quando somos ou fazemos algo que é contra a maré, pode ser considerado estranho e até disfuncional.
Eu costumava me sentir como uma pessoa anormal, porque eu não gostava de dançar quando cresci na cidade do forró e no país do samba. Vez ou outra me sentia como uma aberração quando dizia que não bebo café e não gosto de chocolate. Ficava insegura quando algumas pessoas me perguntam por que não alisava o cabelo pra baixar o volume. E durante anos, eu pensei que tinha algo errado comigo porque eu não me encaixava na cidade onde eu cresci.
Alguma vez você já se sentiu assim?
Por experiência própria posso confirmar que esse sentimento que há algo errado com você é o pior sentimento do mundo. A vergonha, a insegurança, as dúvidas constantes e a dor que vem junto com isso é horrível. Sentir-se como um estranho, porque não é igual a todo mundo, é um fardo quase impossível de levar.
Mas então algo mudou.
Para mim, a mudança aconteceu quando eu comecei a escrever. Quando me atrevi a ser completamente cem por cento assumidamente mim, eu experimentei ser aceita no exterior por algo que veio de interior. Eu aprendi que ser diferente não significa estar errado, que ser diferente é ser especial. E isso me ajudou a me aceitar e aceitar minhas diferenças.
Lutar contra quem você é não é fácil. É como tentar subir numa escada rolante quando ela está descendo. Por outro lado, abraçar o seu verdadeiro eu com todas as suas diferenças e singularidades é se auto descobrir, como o florescer de algo novo. Tudo fica melhor quando você abraça quem você é. Em vez de combater e nadar contra a corrente, você está em fluxo com quem você é.
Me aceitar, abriu novas possibilidades na vida, me ajudou a encontrar amigos com os mesmos interesses e me engrenou em nova carreira que estava conectada com meu desejo de escrever e me expôr nos textos, virei jornalista. Aceitar a minha identidade, de onde eu vim, minhas raízes, me deu uma linda juba cacheado que tenho orgulho de ter e até já escrevi num post anterior, o que aprendi quando eu aceitei meu cabelo cacheado. O fato de não me encaixar na minha cidade natal, me deu uma sede de descoberta e vim me encontrar aqui há milhares de quilômetros.
Você não precisa ser igual a ninguém para ser feliz. Então vai algumas dicas que posso passar pra vocês desse processo de autoaceitação:
# Diminua suas expectativas de perfeição. A nota da felicidade está mais próxima de 7 do que de 10.
# Combata os pensamentos negativos e autodestrutivos. Em vez de olhar somente os erros e defeitos, mude o foco para os acertos e qualidades positivas.
# Reconheça seus limites. Se perceber que está infeliz com algo que pode mudar, então comece hoje. Se é algo que você não pode mudar, apenas aceite. Será um problema a menos em sua vida.
# Aprenda com os erros, em vez de se martirizar. Errar faz parte do processo de aprendizagem.
# Busque sempre coisas novas para fazer. Isso proporcionará a descoberta de novos talentos e fará com que se orgulhe de suas novas habilidades.
# Ajude outras pessoas, sempre que possível. Sentir-se útil faz muito bem à autoestima.
# Orgulhe-se de suas opiniões e ideias e não tenha medo de expressá-las, mesmo que nem todos concordem.
# Busque amigos. A maioria das pessoas está interessada em fazer novas amizades, tome a iniciativa e não espere que os outros venham até você.
# Sorria, seja gentil com os outros, peça apoio, fale sobre você, seja sincera. Isso ajudará a atrair as pessoas que realmente gostam de você.
# Seja confortável com quem você realmente é por dentro é o que conta. Uma vez que você aprenda a se aceitar, qualquer coisa em cima é apenas um molho.
E para você, o que te faz diferente, e por que você ama isso? Deixe um comentário abaixo!
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8 Comentários
Poxa, eu estou no caminho em me auto aceitar. Sou muito exigente comigo. Você falar que começou a escrever… O que você trazia na escrita? Como você começou a se aceitar por meio da escrita …
Ler suas postagens me faz bem…
amo tanto ler o que você escreve manu… me liberta e me conforta… me sinto bem melhor e acredite começar a ler teu blog a alguns anos foi a melhor coisa que me aconteceu, me abriu para coisas que eu não queria nem chegar perto… obrigada!!!! de coração… <3
Oi Alana, obrigada pelo comentario. Fico muito feliz que posso tocar seu coração com esse texto. Você nem sabe como suas palavras me animam e me inspiram cada vez mais.
Adorei o post, eu por exemplo até chegar a fase da aceitação, passei por muita coisa, e é bem difícil lidar com essas coisinhas, agora posso dizer que sou feliz do meu jeitinho. Alias, eu não gosto de morango, algo que muitos me questionam. kkk
são dicas preciosas!
adoro tanto seu blog <3
O momento em que decidi que queria ser feliz ao invés de ter a aprovação dos outros foi um dos melhores da minha vida!
Concordo muito. Eu demorei muito tempo pra realmente me aceitar. Enquanto isso, a vida e as pessoas que passaram por ela, sambaram em mim. Eu sempre tive a tendência de me botar pra baixo porque eu não enxergava o que as pessoas viam em mim. Isso geralmente é característica de pessoas perfeccionistas e eu sempre quis chegar no 10 em vez do 7 kkkkk.. hj, a maturidade me ensinou isso.. pelo menos vi vantagem em envelhecer kkkk
K!